quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Dia Escolar da Não-Violência e da Paz


Para assinalar o Dia Escolar da Não-Violência e da Paz, recordamos o grande poeta Eugénio de Andrade no seu poema

As palavras

São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.

Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?

Eugénio de Andrade in  O Coração do Dia

DIA ESCOLAR DA NÃO VIOLÊNCIA E DA PAZ

No dia 30 de Janeiro celebramos o Dia Escolar da Não-Violência e da Paz, uma iniciativa do poeta, pedagogo e pacifista espanhol Llorenç Vidal. Desde 1964, que a celebração deste dia pretende chamar a atenção de políticos, governantes, pais, educadores e professores que é necessária uma educação permanente pela Não-Violência e pela Paz; que é preciso educar para a solidariedade e para o respeito pelos outros, porque “Uma vez que as guerras nascem na mente dos homens, é na mente dos homens que deve edificar-se a paz”. (Preâmbulo da Constituição da UNESCO)
Porquê a escolha do dia 30 de Janeiro? A escolha da data não foi escolhida ao acaso, mas por que este foi o dia do assassinato de um dos maiores defensores da paz, da não-violência, da justiça e da tolerância entre os povos: Mahatma Gandhi.
Considerado o pai da Índia, Gandhi foi um homem de boa vontade que lutou, sem ódio, pela independência da sua pátria e pela paz do mundo.
Dentro do ideal de paz e não-violência que ele defendia, uma de suas frases foi:
“Não existe um caminho para paz! A paz é o caminho!”.
Sobre Gandhi, Albert Einstein disse que as gerações que hão-de vir terão dificuldade em acreditar que um homem como este realmente existiu e caminhou sobre a Terra.
Para Gandhi, a lei de ouro do comportamento é a tolerância mútua, já que nunca pensaremos todos da mesma maneira, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos.
Como não podia deixar de ser, a BE/CRE juntou-se a esta iniciativa e dá-te a conhecer alguns dos vencedores do Prémio Nobel da Paz, homens e mulheres que repudiaram a violência e lutaram por um Mundo mais justo e mais tolerante.
No espaço da BE/CRE, podes ler, também, mensagens de paz que alguns dos teus colegas, alunos de EMRC, te/nos endereçam.

Sê tu, também, um agente de paz.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Dia de Reis

A LENDA DO BOLO-REI
Quando os Reis Magos foram visitar o Menino Jesus, perto da gruta onde estava o menino, os Reis Magos tiveram uma discussão para saber qual deles seria o primeiro a oferecer os presentes. Um artesão que por ali passava assistiu à conversa e propôs uma solução para o problema, de maneira a ficarem todos satisfeitos. O artesão resolveu fazer um bolo e meter uma fava na massa. Depois de cozido repartiu o bolo em três partes e aquele a quem saísse a fava seria o primeiro a oferecer os presentes ao Menino. Assim ficou conhecido pelo nome de Bolo-rei e como tinha sido feito para escolher um rei passou a usar-se como doce de Natal. Dizem que a côdea do bolo simboliza o ouro, as frutas simbolizam a mirra e o aroma, o incenso. No dia de Reis recordamos os três Reis Magos, Sábios do Oriente que vieram desde as suas terras até à humilde gruta de Belém, sempre seguindo uma estrela diferente das outras. Montados em seus camelos, eles procuravam um Menino que sabiam ser o Salvador do Mundo, para O adorarem e Lhe oferecerem as prendas que traziam: ouro, incenso e mirra. Um chamava-se Gaspar, que significa "o que vai com amor"; o outro chamava-se Belchior, que significa "o que vai suavemente"; e o terceiro chamava-se Baltasar, que significa "o que obedece à vontade de Deus, humildemente". No Dia de Reis, é importante oferecermos nós também uma simples prenda a quem amamos. Não é preciso darmos coisas caras ou complicadas. Uma flor do campo, um desenho, um beijo, um sorriso... talvez sejam as prendas que os nossos pais, ou os nossos avós, ou os nossos amigos mais apreciem. Há pequeninos gestos de ternura que dizem mais do que todas as palavras do mundo.
Fonte: "O Livro do Natal" de Maria Alberta Menéres